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sábado, 31 de março de 2012

De Volta ao Velho Vicio

Tudo aconteceu tão rapido que aliado a minha preguiça de atualizar meu blog somente agora registro aqui que ... voltei a acelerar .

Uma noite destas perdi o sono e nao sei o porquê , meu instinto veio com uma de que eu tenho que escrever umas historias atuais de minhas aventuras como hoje piloto free lance de carros de corrida . O final deste raciocinio seria igual a voltar a acelerar , de alguma forma .

Depois desta noite , procurei ficar em um cantinho quieto para ver se passava , mas diante de algo no meu cerebro continuar a me atormentar , fiz alguns contatos em colegas do ramo e , vai daqui , vai dali , consegui uma vaga como piloto na ajuda de desenvolvimento de dois gols na STR  (uma especie de piloto de testes versão regional ), equipe que participa da Copa Bana Pneus de Marcas e Pilotos , que são provas realizadas aqui em Curitiba . Com referencias de Antonio Espolador , Giovani Cillia entre outros grandes amigos , o dono da STR , Luizinho , me recebeu de braços abertos no projeto e ... la fui eu , como sempre com pouco recurso (em automobilismo isto sempre deve ser entendido com R$) voltei ao velho vicio . Neste projeto , eu ajudaria com minha experiencia neste tipo de carro , a desenvolver os gols que seriam pilotados pos Celso Mancia (velho conhecido na categoria e campeão da categoria B ano passado) e Beto Della Libera , este ultimo com vasta experiencia no automobilismo inclusive nacional . Bi campeão guaúcho de kart e participante da Stock Car B de 2007 e 2008 estão entre algumas das historias que o guaúcho radicado em Florianopois e gente fina da maior qualidade me contou no final de semana que atuamos juntos como companheiros de equipe .

Sexa feira pela manha , la estava eu cedo no autodromo . Adrenalina alta mas nao tanto como nas vezes anteriores . Depois de algumas breves reunniões , decidimos que eu sairia no primeiro treino com carro que seria pilotado pelo Beto , numero 165 . Procuraria dar meu parecer , marcar alguma volta referencia e passaria o trabalho para ele . Como seriam 4 treinos de 30 minutos no dia , o segundo inverteriamos a ordem e a tarde eu passaria possivelmente para o carro do Mancia . La vai eu . Uma volta para esquentar . Duas para aprender onde eram as curvas (lembrando que a mais de 6 anos eu nao andava ali e nem de carro de corrida) . Vou para a terceira e ... quebrou perigosamente a ponta de eixo .
Bom , nao era propriamente um bom recomeço ,mas , são coisas de automobilismo . Mal sabia nós naquele momento , mas aquela quebra era um fator muito decisivo para um final de semana muito dificil . Por conta desta quebra , acabamos por perder tambem o segundo treino . Assim sendo , o Beto sairia somente ele no terceiro treino . O Mancia começaria no outro carro (num 27) e eu terminaria . Infelizmente o Beto deu umas 3 voltas e , nova quebra . Nao havia muito tempo e mantivemos minhas voltas do final de treino no carro do Mancia e por este carro ser novo , vimos o quanto nosso desenvolvimento estava atrasado . No quarto e ultimo treino eu andei sozinho no carro do Macia e o Beto no que ele correria (165) . O resultado final demostrava o quanto estavamos para traz no desenvolvimento os pneus e rodas , que eram novos para todos e naquele momento estavamos a pelo menos 2 testes atrazados  . A catagoria esta muito competitiva , com equipes e pilotos muito bem preparados e com verbas altas , mas 20° tempo meu e o 21° do Beto demonstravam que estavamos longe , muito longe do razoavel . Mas tudo bem .... Foi na sexta que a equipe me convidou a correr na sexta com Mancia , o que aceitei de pronto . No nosso entendimento , tanto eu precisaria de mais treino quanto a equipe de mais dados para coletar em busca do acerto . Foi nesta hora que falei para o Luiz de forma reservada que até o warn up de domingo somendo o que poderiamos melhorar o carro , eu estaria em sexto ... ele deu um sorriso como quem diz ... " voce bebeu ?""" .

Fomos para a tomada de tempos e eu esperava melhorar muito os 3,5 segundos que tomamos do primeiro colocado na sexta . Guiando bem acima do limite tomei um grande susto ao raspar nos pneus da entrada da reta naquela que seria minha melhor volta . Final da tomada , fiquei até feliz que encurtamos para 2 segundos do pole mas ainda em 18° com Beto em 22° . Talvez se eu acertasse aquela volta e encontrasse algum vacuo, que não houve , daria para ter ido ao 10° 12° , que seria legal demais para a circustancia . Bola pra frente . No sabado mesmo , seria a primeira bateria , que largaria o Mancia . Corrida conturbada dele mas de forma conciente . Mas nao deu , o que ele melhor conseguiu foi mesmo um 20° . Tudo bem , eu largaria nesta posição no domingo .

Para o warn up de domingo , recalibramos o carro e fechamos em 7° , um a menos do que eu previa . Pra mim ali o trabalho estava encaminhado para esta etapa e para corrida o objetivo seria apenas levar o carro com cabeça .   La foi para a corrida  . Saindo de 20° tudo é muito embolado e a preocupação em levar o carro pra casa era maior . Ultrapassei alguns , tambem fui ultrapassado por outros . Alguns acidentes , penalizações a umas 5 voltas do final quando nao sei como estava em 7° (este numero me perseguiu nesta prova) , quebrou o cambio , provavelmente de eu judiar tanto dele .  Levei o carro ao box. Desci , tomeum uma água bem gelada e gostosa como ela é netas ocasiões . Agradeci a equipe pela oportunidade do retorno . Igualmente eles me agradeceram e mantivemos a intenção de estarmos juntos no restante do ano .

Bom , desta vez foi isto . Eu ainda busco recurso para correr a copa inteira . Existem projetos e boas possibilidades disto , os proximos dias e meses dirão pra que lado vou . Se nao der , vou sendo piloto de testes mesmo , o que vai gradativamente me dando oportunidade de voltar a forma , que ainda faltou um pouco .

Nao posso deixar de fechar o o registro colocando o quanto fico feliz ao rever antigos amigos e concorrentes , muitas vezes os dois juntos , como o querido Gastão Weigerth, Valmor Weiss entre tantos outros .

Acho que volto a contar muitas historias este ano .

Sigam-me no Twitter : @aloludwig

segunda-feira, 26 de março de 2012

Sem Amortecedor (extradida de www.motoronline.com.br

Sem amortecedor...

Já vão alguns anos em que em determinados encontros com colegas que vivi meu passado no automobilismo, volta e meia me tiram um sarro me perguntando se dá muita diferença um carro com ou sem amortecedores. Claro que dá! Mas em todo caso, uma triste e engraçada experiência me ocorreu em 1990 (vão-se os anos).


Naquela temporada aceitei o convite de Marcos Corso para defender a sua equipe para o Campeonato Paranaense de Marcas . Era o primeiro de muitos com dois pilotos, obrigatório para aquele campeonato. Disputariamos o campeonato com um Passat de uns "duzentos anos", que apesar de todo esforço dos competentes da Tecnicar, Alberto Gonzales e Marco Martin, teimava em não ter um bom contorno de curvas, mas o motor era ótimo, o que em partes, e principalmente em Cascavel, nos dava condições de brigar com o Voyage novo de Chico Maia e Gastão Weigerth, preparados simplesmente por Ereneu Boëttger. Pois bem, chegamos naquele ano à última de 6 etapas do campeonato com dois 1º lugares, um 3º e dois abandonos, sem dúvida a dupla mais incostante do campeonato. Mas como o critério era o descarte do pior resultado, estavamos na briga pelo título, bastando vencer a última etapa independente do resultado dos outros concorrentes.


Entre um teste e outro, em uma determinada tarde não conseguíamos colocar o velho Passat 70 no chão, ou melhor, alguma coisa no chão, porque bom pra mim ele nunca ficava. Lembro-me que um referencial bom para época era uma volta em torno de 1m22s90, e o máximo que consegui até aquele momento era 1m23s20. Mais que aquilo não vinha mesmo! Os dados do motor estavam normais. O equilíbrio do carro estava estranho, mas não trágico. Eu acreditava que era por conta do tempo, muito frio naquela tarde de primavera. Mas o tempo... cadê o tempo? Depois de realinharmos umas dez vezes o velho Passat o Alberto deu sua tradicional ordem ao mecânico chefe: "Ari , saque os amortecedores traseiros para vermos se não tem alguma anomalia". Ao macaquear o carro e ver os amortecedores, o Ari saiu debaixo de carro com gagueira, não falava nada, parecia que tinha dado um colapso por algum motivo. E tinha! O Marcão (Marco Martin) após interrogar o mecânico sem que o mesmo conseguisse falar nada , olhou para roda traseira e deu um grito: "só que não tem amortecedor!!!" . Alberto olhou pra mim e me interrogou: "como não sentiu o carro sem amortecedor Aloysio???" . Pensei rápido mas nada poderia justificar as duas falhas; da equipe por deixar um carro incompleto e meu por não ter tido naquele momento uma sensibilidade no mínimo razoável para detectar o problema. Mas a vergonha de ambos os lados foi logo substuida pela empolgação da pergunta: "quanto viraremos com amortecedor? 1m22s50?" No mínimo, eu imaginava. Decepção maior, ao colocar o carro com os quatro amortecedores e finalmente dar-lhe um equilíbrio legal, foi o tempo pouca coisa abaixo do anterior, por volta de 1m23s00. Com certeza o ocorrido acabou me destruindo a motivação naquele dia.
Depois daquele dia difícil, sugeri a equipe que fossemos dormir e se possível não contarmos a ninguém o que passou, pois teríamos que dar diversas explicações e tecnicamente a conta até hoje não fecha. Mas não adiantou nada o pedido: na última etapa daquele ano, em todo box que eu passava alguém me chamava pra vender amortecedores.
Semana que vem conto mais.

Um abraço a todos.

sábado, 17 de março de 2012

Hot Dodge 1986 , quarta Etapa

Grata surpresa eu tive esta semana, quando meu antigo parceiro Igmar Biberg, mais de fora do que de dentro da pista , informou aos seus seguidores do Twitter que foi resgistrada na integra a quarta etapa do campeonato de Dodge no asfalto de 1986  . Pra mim hilariante e convido voces a assitirem agora .

Eu era o carro 33 e vai ai , de forma breve, o que de mais importante lembro desta etapa :

- Nesta corrida , eu , Luiz Carlos Vendramin e André Costi Filho estreavamos como parceiros na mesma equipe , a Zini Competições , de meu eterno amigo Irineu " Chicão " Zini .

- No começo do ano eramos na mesma equipe eu e Ruy Chemin , que na terceira etapa brigamos na pista e a briga passou para fora dela . Nao durou muito , mas passou para o lado pessoal por uns dias .

- Vendramin e Ruy ja haviam se estranhado e por esta razão as imagens mostram claramente Vendramin dando um chega pra lá na reta em Ruy , furando o pneu dele e causando o abandono dele na ocasião .

- Eu provavelmente venceria a corrida , mas ao chegar no Juraci Massoni (hoje presidente do automovel clube de Cascavel) , tive um problema com a bomba de combustivel que começou a dar falta de combustivel . Foi nesta hora que Andre Costi Filho , o outro parceiro de equipe , me empurrou propositadamente para que eu conseguisse acabar a corrida em segundo ( O Maverick pilotado por Alessandro Meneguel e nao Mauro Luiz Turcatel nao contava classificação por nao fazer parte da categoria - só correu pra atrapalhar ...) , pois assim eu iria para a ultima etapa com chances de campeonato . UM SHOW DE TRABALHO DE EQUIPE , SEM PIEDADE DE NINGUEM E COMPLETAMENTE COM CORAÇÃO .... desculpe Ruy , mas voce merecia !!! DE FORMA JUSTA , JURACI MASSONI REGISTROU SUA PRIMEIRA E PELO QUE ME CONSTA UNICA VITORIA NA CATEGORIA .

VAI AI A CORRIDA , um documento do automobilismo paranaense .

quinta-feira, 8 de março de 2012

Celebres frases que nao sei porquê me lembro das pessoas que falaram

Oi amigos !

Não sei porquê , nos anos de automobilismo vividos dentro e fora de carros de corrida, algumas frases que ouvi de amigos ficaram na minha memoria . Algumas engraçadas e outras a cara de quem disse .

Vão ai algumas delas :

Contra força nao tem resistencia (Ereneu Boetger)

Quem guarda o que nao presta tem o que precisa (Edgard Favarin)

Ta bão ai ? (eterno amigo Irineu " Chicão " Zini )

Ai Jesuis !!!!!  (meu pai Daltro Ludwig , quando lhe contava que voltaria a correr )

Mas se os outros andam a 160km , voce vai a 100km para nao arriscar (minha avó Tucha, me aconselhando nas corridas)


É ué !!! (Luiz carlos Vendramin , concorrente e parceiro da Hot Dodge 1986) . Na foto , eu e ele puxando pelotão na segunda etapa daquele ano , minha primeira vitoria com carros .


O suficiente ! (Gastão Weigert , quando alguem perguntava a ele quantos anos ele tinha)

Que puta essa ? (ALberto Golzales - preparador dos melhores , argentino , com quem tive o prazer de trabalhar em 1990 ) . Segue foto do veloz passat 70, feito pro ele e pelo gaucho Marcão



Combinado não é caro (Leonidas " Neguinho" fagundes Junior ) Provavelmente pagando ou cobrando alguma conta . Segue foto de minha unica corrida em opala Stock Car que fiz , em 1988 , que acabei em segundo lugar , atras apenas do nosso eterno querido Saul Mario Caus .



Bochicho em corridas é bom ter, vamos fazer um !!! (Luc Monteiro , sei la quando , mas ouvi dele isto ....)

Se não ponhar dolar a merda nao anda , concorda comigo ? (Osmar "Lagarto" Sorbara)

Concorda comigo ? (Osmar "Lagarto" Sorbara) , de novo ....

O numero do carro é 18 , mas o motor é 1.6 (João Rempel , dando entrevista na TV sobre o carro de Gastão Weigert acho que em 1910 ....)

Sem sacanagem ! (Ruy Chemin , colocando gutalax no copo de cerveja de algum que passou a noite inteira no banheiro) .

Voce pode estar 95% certo mas esta 5% erado vio ! (Delci Damian ... saudades sempre)

Primeiro de tudo de seu trabalho , depois pense na possibilidade de seu concorrente estar fora do regulamento (Rosinei " Meinha " Campos , me dando uma mijada quando questionei sobre meus concorrentes na GNV em 2005 estarem com itens fora do regulamento) . Por ai se ve o profissionalismo e seriedade do cara né !

tem mais ... vou lembrando e volto a escrever

Abraço em todos !!!